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Escolas da rede estadual iniciam adaptação às Aulas Remotas

Parte dos docentes já utilizou o Google Sala de Aula (Classroom) nos últimos meses

A rede estadual de ensino está em fase de adaptação às Aulas Remotas, com professores e alunos se cadastrando e buscando se ambientar à plataforma Google Sala de Aula (Classroom). Parte dos docentes já utilizou a ferramenta durante as Aulas Programadas, ocorridas entre 19 de março e 30 de abril, ou mesmo antes, por iniciativa própria.

A coordenadora Sônia Rosa, da 27ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), localizada em Canoas, relata que já na sexta-feira (29/5) realizou webconferência com diretores e vice-diretores e, na segunda (1/6), conversou com os coordenadores pedagógicos, para sanar dúvidas sobre o modelo de ensino. “A aceitabilidade está sendo tranquila, mesmo que ainda haja dúvidas quanto à plataforma. Estamos acompanhando o processo de alunos e professores criarem intimidade com a ferramenta”, destaca.

Segundo Sônia, já havia escolas da região que trabalhavam com o Google Sala de Aula. “É claro que, agora, será em um formato diferente, para toda a rede, mas apenas 20% das escolas da região operavam no modelo físico”, observa.

Na região de Bento Gonçalves, abrangida pela 16ª CRE, o coordenador Alexandre Misturini conta que, em reunião com os diretores, reforçou que a aceleração do processo de informatização da rede estadual de ensino é inevitável diante da pandemia de Covid-19. “O sistema híbrido que a Secretaria de Educação criou veio para ficar. Este sistema abre a nossa rede para a educação 4.0, com metodologias ativas. Ele oferece novas possibilidades para professores e alunos”, afirma.

O grande desafio, na opinião de Misturini, é que o professor aprenda a ensinar de outra forma. “Muitos têm um pouco de medo, porque saem da zona de conforto. Aos poucos, vão percebendo que é uma tecnologia muito intuitiva e que não tem como não dar certo: até o fim do ano, já estarão craques nela”, pontua.

Praticidade e agilidade

No Colégio Visconde de Bom Retiro, de Bento Gonçalves, alguns professores já utilizavam a plataforma mesmo antes da pandemia. O próprio diretor da instituição, Eldo Dorneles Junior, usa há três anos, com base na metodologia da sala de aula invertida, junto a outras ferramentas, como o Google Documentos e o Google Formulários, para compartilhar trabalhos e realizar provas sem gastar papel, tendo em vista a sustentabilidade.

“Todos os alunos com quem eu trabalho desta forma veem as plataformas de forma positiva, pois eles recebem muito mais do que uma aula presencial, e sim conteúdo em tempo real”, salienta Dorneles. Conforme o diretor, a existência de espaços para tirar dúvidas e receber feedbacks com agilidade relacionados a trabalhos e atividades, somada à conectividade, caem no gosto dos estudantes.

Entre os professores da escola, a ferramenta também tem sido aprovada, principalmente por sua praticidade. “É possível programar uma aula ou uma atividade e compartilhar com diversas turmas de uma só vez, liberando tempo para que possam preparar melhor as aulas”, observa. O professor relata que, assim como o aplicativo Escola RS, o Google Sala de Aula torna a vida dos educadores mais prática e viabiliza a realização do ano letivo, mesmo diante da necessidade de distanciamento social.

Na Escola Estadual de Ensino Médio Jardim Planalto, de Esteio, o uso do Google Sala de Aula começou durante as Aulas Programadas. “Em um primeiro momento usamos o drive, só para fazer o upload dos materiais, mas alguns professores sentiram necessidade de interagir mais com os alunos. Aí, resolvemos criar esse ambiente virtual”, lembra o diretor da instituição, Jan Torres Lima.

O diretor aprovou a ferramenta, que considera muito intuitiva, o que gerou bom engajamento de alunos e professores. “Parece muito com o Gmail. Conseguimos ter controle sobre quem já fez as atividades, colocar tarefas, pôr prazos, gerar pontuação automática. O que faltou foi o processo de implantação, mas aos poucos o pessoal se ambientou”, assegura.

Grande participação de alunos

Os estudantes da Escola Técnica José Feijó, no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre, já tinham três professores em seu corpo docente utilizando o Google Sala de Aula desde o ano passado. “Começamos a usar depois de participarmos de um evento da Google na Fiergs. Criei um ambiente virtual com o meu Gmail pessoal e dividi com dois colegas a mesma conta”, recorda o professor Sandro Giovani Viégas. Cada turma tinha uma sala virtual e, nela, eram colocados conteúdos de matemática, história e inglês.

Agora, com a implantação das Aulas Remotas, Viégas foi nomeado professor tutor e passará seu conhecimento sobre o Google Sala de Aula para seus colegas. “Hoje, já temos a maior parte dos professores usando e alunos bem ambientados. Tem funcionado muito bem, os estudantes conseguem postar. Tivemos turmas com 100% de participação, o retorno foi muito bom”, avalia.

Em Nova Prata, pelo menos dois professores do Colégio Tiradentes já utilizavam o Google Sala de Aula durante as Aulas Programadas. “A professora de Matemática usava e os de Geografia e de Biologia tinham uma parceria dentro desta plataforma, fazendo atividades ali, com conversas com alunos que, depois, o aluno poderia ouvir novamente”, destaca o diretor Silvano Marchetti.

Calendário de preparação

Para que todos estejam preparados para a utilizar a plataforma, a Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul realizará capacitação durante os meses de junho e julho, em duas etapas, com os professores e estudantes da Rede Estadual de Ensino.

A primeira etapa, chamada de Ambientação Digital, começou em 1º de junho e se estende até o dia 13, envolvendo o processo de inserção dos professores e alunos na plataforma Google Sala de Aula. Nesse período, serão detalhadas as informações de acesso, como login e senha, para que todos possam iniciar o período de capacitação. )s estudantes e educadores começam o processo de aprendizado sobre a utilização de todos os recursos disponíveis na plataforma.

A segunda etapa, realizada em paralelo a partir de 8 de junho, promoverá as capacitações em Letramento Digital, fornecendo aos professores o conhecimento para a preparação de aulas na forma não presencial. Os conhecimentos digitais dos alunos também serão avaliados nessa etapa, a fim de que seja possível compreender o nível de entendimento sobre a plataforma de ensino. A partir do resultado dessa avaliação, será possível reforçar aspectos que não estejam claros aos estudantes, para que, em seguida, possam iniciar as lições.

A partir de 29 de junho, iniciam-se as aulas que utilizam a Matriz de Referência, definida por componente curricular de cada ano. Esta matriz será norteadora das aprendizagens para este novo modelo híbrido (presencial e não presencial).

Saiba como acessar as Aulas Remotas.

Texto: Isabella Sander/Ascom Seduc
Edição: Secom

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